Madrid me mata, 2023

Esta semana fui a Madrid. Cheguei a 14 de Maio e voltei a 19 de Maio. 6 dias bem passados. Fui de Avião e fiquei hospedado na casa da minha prima Isabel Diz que está em Madrid há 8 anos.

Quando cheguei e depois de deixar a bagagem em casa da minha prima, ela e o Bert Daelemans foram à Igreja de Maria Emaculada, enquanto isso eu fui ao Museu de História de Madrid.

Este museu conta com uma coleção que mostra a evolução histórica de Madrid, estando localizado no imponente edifício do antigo Hospício de San Fernando. Tem uma fachada chamativa de estilo barroco e foi inaugurado em 1929.

Depois de estar no Museu, fui ter com a minha prima e o Bert Daelemans à igreja. Quando saímos da igreja estivemos com mais amigos da minha prima a tomar um copo e a conversar num bar/café ao lado da igreja. Estive a falar inglês, francês e espanhol com os amigos da minha prima.

Após isso, fui jantar fora com a companhia de Bert Daelemans e a minha prima ao restaurante El Perro y la Galleta. Comi um arroz negro com gambas e calamares.


No dia seguinte, era feriado em Madrid. Era o dia do Santo Isidro, o Lavrador. Nesse dia, fomos primeiro à origen de las carreteras radiales km 0 que remonta a um decreto de Carlos III (Rei de Espanha entre 1759 e 1788) de 10 de Junho de 1761 para o estabelecimento da rede radial de estradas.

Depois de tirar uma foto, encontramos pessoas vestidas a rigor para o dia de Santo Isidro. Tiraram-me uma foto. Depois de tirar a foto, estivemos a ver as lojas e fomos ter também a Praça Maior. Estava a decorrer um espectáculo num palco alusivo ao dia festivo. Estivemos a assistir e depois fomos ao Mercado San Miguel que tem mais de 100 anos. Posteriormente, voltámos à Praça Maior e comemos Cachopo num restaurante na Praça Maior.

Cachopo


Depois andamos pelas ruas de Madrid e a minha prima foi para casa. Eu aproveitei para ir a Praça de Espanha e ao Palácio Real. Não consegui entrar no Palácio Real porque estava uma fila grande e resolvi ir para a Catedral de Almudena.

O Palácio Real é o maior da Europa Ocidental e um dos maiores do mundo e é a residência real desde Carlos III até ao reinado de Afonso XIII. Tem 135.000 m2 e 3418 habitaciones.

A Catedral de Madrid, em Los Austrias, tem uma breve, mas tortuosa história. Os primeiros planos da igreja foram traçados em 1879 por Francisco de Cubas com o propósito de servir de panteão para a falecida rainha M.ª de Las Mercedes. A primeira pedra foi colocada em 1883, mas quando o Papa Leão XIII atribuiu em 1885 a bula que criava a Diocese de Madrid-Alcalá, o projeto de igreja foi transformado em catedral. E que bonita catedral com cores nos seus tetos. O dia termina com uma ida a um restaurante.

No dia seguinte, fui tentar entrar no Museu do Prado. Não consegui e vejo-me a visitar a Igreja de São Jerónimo El Real. Conhecido popularmente como «Los Jerónimos», foi um dos conventos mais importantes de Madrid. Junto ao mosteiro encontrava-se o chamado Cuarto Real, mais trade ampliado como Palácio del Buen Retiro durante o reinado de Felipe IV. A igreja foi classificada como Monumento Nacional em 1925.

Depois fui em direção ao Parque del Retiro onde tive a oportunidade de contemplar os jardins e também o Palácio de Cristal. O projecto deste edifício foi realizado por Ricardo Velázquez Bosco, tendo a sua planta, a forma de uma cruz grega. Um dos braços dessa cruz, termina por um pórtico em estilo jónico. Os materiais usados na sua construção foram o ferro e cristal. Neste palácio é ainda possível observar cerâmicas da autoria de Daniel Zuloaga.

Depois de estar no Palácio de Cristal, passei pelo CentroCentro.org. Trata-se de um espaço de encontro intercultural e onde estive a ver as exposições gratuitas.

Depois fui almoçar e tentei primeiro ir ao Mosteiro das Descalças Reais sem grande sucesso porque estava completo. O Mosteiro das Descalças Reais foi construído por Antonio Sillero e depois por Juan Bautista de Toledo entre 1559 e 1564 como mosteiro das Clarissas. Ocupa o antigo palácio, residência de Carlos I e Isabel de Portugal e onde, em 1535, nasceu a sua filha D. Juana, futura fundadora do convento. Ela própria está sepultada numa capela com escultura funerária em prece de Pompeyo Leoni.

Não conseguindo ir ao Mosteiro, voltei ao ponto de partida e tentei entrar no Museu Artes Decorativas também sem sucesso porque estava fechado. Resultado. Enviei um whats up à minha prima para saber o que podia ver. Ela sugeriu ver o Museu Sorolla. Este museu foi inaugurado em 1932 por pedido da viúva de Sorolla, que cedeu o edifício ao estado e realizou uma generosa doação para a criação de um museu em memória de seu marido.

No dia seguinte, fui ao Museu do Prado. Tinha comprado o bilhete online no dia anterior e depois consegui finalmente ir ao Museu Artes Decorativas. E foi engraçado que no Museu de Artes Decorativas deram-me um guia em francês. Parecia que sabiam que o meu museu favorito em Paris era o Artes Decorativas.

No dia seguinte era dia internacional dos Museus, resultado: fui visitar o Museu Tyssen e Museu Reina Sofia. Gostei de ambos porque tinha obras de Claude Monet, Miró, Salvador Dali, Picasso e Piet Mondrien.

Gostei também do Museu Reina Sofia porque pude contemplar o Guernica. Com 349 cm de altura por 776,5 cm de comprimento, Guernica, uma das obras mais famosas de Pablo Picasso (1881–1973), pintada a óleo em 1937, é uma “declaração de guerra contra a guerra e um manifesto contra a violência”. O quadro, além de ser um ícone da Guerra Civil Espanhola, é hoje um símbolo do antimilitarismo mundial e da luta pela liberdade do ser humano. Infelizmente, não pude tirar fotos. E lembro-me de ver uma reprodução deste quadro em casa de uns amigos meus. No final do dia, ainda estive no atelier da artista Cristina Almodóvar, amiga da minha prima. A Cristina Almodóvar faz sobretudo peças de ferro e já recebeu 30 mil euros por uma sua peça.

No dia seguinte, era o dia de regresso. Estive na expo Madrid 80 a ver uma exposição. A entrada era gratuita. Fui almoçar com a minha prima e uns amigos a um japonês e a minha prima ofereceu-me o livro de Cristina Almodôvar e Bert Daelemans com o título El Susurro de los pétalos e o Bert fez questão de assinar o livro. Depois regressei a Lisboa.

Mas vim de coração cheio. Como diz um quadro que eu vi numa exposição Madrid me mata.

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